quinta-feira, 24 de setembro de 2009




Garota vodu


Sua pele é de um claro tecido,
Todo costurado e refeito.
Muitos alfinetes coloridos
Despontam-lhe à altura do peito.

Olhos que giram como discos,
Ela possui dois belos pares.
Olhos de poderes hipnóticos:
Olhos de apaixonar os rapazes.

Rapazes que coloca em transe,
Como verdadeiros zumbis.
É o caso de um zumbi francês,
Que depois só dizia: "Oui, oui".

Mas ela também tem uma sina
Que jamais pode ser quebrada:
Se alguém dela se aproxima
Seu coração sente as espetadas.


- Tim Burton
O triste fim do menino ostra e outras histórias

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

-Acho que estou voltando. Usava saias coloridas, flores nos cabelos.
-Minha trança chegava até a cintura. As pulseiras cobriam os braços.
-Alguma coisa se perdeu.
-Onde fomos? Onde ficamos?
-Alguma coisa se encontrou.
-E aqueles guizos?
-E aquelas fitas?
-O sol já foi embora.
-A estrada escureceu.
-Mas navegamos.
-Sim. Onde está o Norte?
-Localiza o Cruzeiro do Sul. Depois caminha na direção oposta.

Caio F. Abreu

trecho de ''O dia em que Júpiter encontrou Saturno.''

Ria sozinha quase o tempo todo, uma moça querendo controlar a própria loucura, discretamente infeliz.










The SHOW must Go On.

GAY DAY

pagando de gatinhas


tudonumacoisasó

casaaaaal

I♥skol




Michelle tarada


WOW
aniversário de um ano da turma
acho chiiiiiique
por fim a SARJETA
e assim chega ao fim mais uma semana da diversidade
agora só nos resta esperar ate o ano que vem
good bye people!

domingo, 20 de setembro de 2009

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Perdi-me muitas vezes pelo mar,
o ouvido cheio de flores recém-cortadas,
a língua cheia de amor e de agonia.
Muitas vezes me perdi pelo mar,
como me perco no coração de alguns meninos.
(...)
Porque as rosas buscam em frente
uma dura paisagem de osso
e as mãos do homem não têm mais sentido
senão imitar as raízes sob a terra.
Como me perco no coração de alguns meninos,
perdi-me muitas vezes pelo mar.
Ignorante da água vou buscando uma morte de luz que me consuma.


Federico Garcia Lorca

Soneto de separação


De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.


- Vinícius de Morais

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

''Por que tem que ser assim?
Por que tem sempre que ficar vagando pelo mundo
sem ficar com mulher nenhuma?''

- Lisbela e o prisioneiro