sábado, 6 de junho de 2009

''A lucidez é um dom e um castigo.Está tudo em uma palavra.Lúcido vem de Lúcifer, o arcanjo rebelde, o demônio, que é também o luzeiro do amanhecer, a primeira estrela, a mais brilhante, a última a apagar. Vem de Lux e Ferous... que quer dizer aquele que tem luz. Que gera luz - luz que permite a visão interior. O bem e o mal tudo junto. O prazer e a dor.Lucidez é dor. E é o único prazer que podemos conhecer.O único que se parece remotamente à alegria é o prazer de permanecer consciente da própria lucidez.[...] Aquele que é lúcido pode seguir vivendo e conservar o instinto da espécie, o impulso vital. Mas é possível que, com o tempo, essa obscura força instintiva se perca e então será necessário usar algo semelhante à fé.Há que se pensar um motivo, uma meta, que nos permita resgatar o impulso animal perdido pelo uso frio da razão.Essa vontade, porém, é um motor muito difícil de manter. De repente, sem motivo, ela se vai, se apaga, desaparece.Então é quando se segue ou não. É possível ou não é possível... E, se não é possível, não há culpa.Não importa o amor dos outros nem o amor que sentimos por eles – se não continuarmos, as coisas seguem iguais...''

Um comentário:

  1. "Às vezes a gente vai-se fechando dentro da própria cabeça, e tudo começa a parecer muito mais difícil do que realmente é. Eu acho que a gente não deve perder a curiosidade pelas coisas: há muitos lugares para serem vistos, muitas pessoas para serem conhecidas."

    Caio f. Abreu


    tava lendo ainda agora e vim aqui no seu blog.
    nada de especial, só pq tu gostas mesmo!:*

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